quarta-feira, 28 de abril de 2021








Esse é o Mago, nosso amor incondicional que marcou presença cerca de 16,5 em nossas vidas.

Impossível falar desse ser tão cheio de personalidade e não ter vontade de escrever um livro, seria impossível descrever em breves linhas, a incrível vida deste fofo bichinho de olhar dominador.

O Mago apareceu na minha frente na noite de Reveillon do ano de 2004, em uma praia na cidade de Florianópolis, onde morava na época. Quando o vi, pensei que tivesse dono, ele não tinha jeito de cão de rua, estava limpo e aparentemente saudável. Imaginei que  estava assustado porque havia muitos fogos e  como amo animais, geralmente eles percebem isso e costumam se aproximar, preferi não dar muita atenção para que ele voltasse para o seu suposto dono, afim de não se perder. Depois de algumas horas, festejando a entrada do ano Novo  com o Ricardo e alguns amigos, voltamos para casa e foi quando percebi que o Mago havia nos seguido e estava em nossa porta procurando uma maneira de entrar. Com muita pena fiz um sinal mostrando que  não o deixaria entrar, disse para ele voltar para seu dono, sem  imaginar que ele estava perdido e o pior, doente.  Achei que ele fosse de algum vizinho da rua e não imaginei que  bichinho estava faminto, apavorado, sozinho e a procura de uma pessoa que pudesse ajudá-lo. Na verdade eu gostaria de deixá-lo entrar, sempre trazia cachorros da rua para o meu quintal e ajudava como podia, contudo morava de aluguel em um local que era proibido animais,  o dono morava do lado e já havia chamado minha atenção por quebrar as regras. Deste modo, preferi não me envolver para não criar mais atritos.

Contudo o meu comando não adiantou muita coisa, porque no outro dia quando abri a porta para contemplar a primeira manhã do ano, lá estava o branquinho com  um carinhoso bom dia.  Naquele exato momento percebi que ele seria parte da minha vida, prometi ajudá-lo a qualquer custo. Ele havia encontrado  uma maneira de entrar e dormiu nos fundos da minha casa, estava abandonado ou perdido, fiz uma comidinha improvisada que ele comeu rapidamente sem deixar sobrar uma migalha, depois fui dar uma voltinha  para ver se poderia encontrar seu dono mas ninguém soube me informar.

Quando voltei o Ricardo já havia acordado e logo se comoveu com aquele bichinho totalmente indefeso e nos olhando com a carinha de "salve-me". Decidimos que iriamos dar um jeito de encontrar seu dono ou arrumar alguma pessoa para adotá-lo. Levei-o no veterinário para os cuidados básicos, demos um belo banho, compramos ração e por fim, colocamos anúncios para adoção. Tivemos muitas  ligações de pessoas interessadas, não seria difícil adotá-lo porque ele era um fofo, lindo, adorava criança, super bem educado, não pegava nada, só fazia as necessidades fora de casa, latia pouco, enfim, ele era tão perfeito que sabotamos todas as famílias interessadas e sempre achávamos que as pessoas não eram boas o suficiente para serem donas do nosso Mago. Depois de muitas e muitas sabotagens, bem como o proprietário do imóvel reclamar inúmeras vezes por estarmos abrigando um cão no imóvel, decidimos que ele seria nosso e iriamos procurar um outro local para morar.

Demorou para darmos um nome ao nosso mascote, nossos amigos o chamava de Reveillon, o veterinário de Branco e como não gostava destes nomes, resolvi chamá-lo de Mago - ele gostou.

Mudamos para um studio logo depois de 1 mês, a grana era muito curta e foi o melhor que conseguimos. Naquele momento da vida, financeiramente não tínhamos condições de bancar um cão,  mas ele já era parte da nossa vida e tinha certeza que o jogo iria mudar. Certamente iria e mal sabíamos  o quanto essa história iria longe, o quanto iriamos crescer todos juntos e formar uma família linda vivendo uma jornada incrível. 

Sendo assim, depois desses 16,5 anos  e mais alguma coisa o Mago decidiu contar a história dele através da perspectiva de uma mente canina. Portanto, em breve nas próximas paginas, seja bem vindo ao mundo do Mago. 




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